CH23083 - CLUBE DE LEITURA NA ESCOLA TÉCNICA COMO ESPAÇO NECESSÁRIO À DIVERSIDADE
Ciências Humanas
Autores
Heloiza de Freitas Soares
Orientadores
Juliana Regina Basilio e Mayara Gobetti Fernandes da Silva
Instituição
Instituto Federal São Paulo - Campus Boituva
- Autores
- Orientadores
- Instituição
- Heloiza de Freitas Soares
- Juliana Regina Basilio e Mayara Gobetti Fernandes da Silva
- Instituto Federal São Paulo - Campus Boituva
Resumo
Neste resumo discuto, com base num relato de experiência e numa pesquisa documental, atividades do Clube de Leitura Campus Boituva IFSP, que desenvolve projetos de ensino, extensão e pesquisa com histórias em quadrinhos (HQs) desde março de 2022. Participei do Clube desde o seu início, na condição de leitora de HQs e, atualmente, estou no terceiro ano do ensino médio integrado e sou bolsista no projeto de ensino “ClubOn com texto: práticas de escrita e de comunicação no câmpus BTV”. O Clube foi bem-vindo no contexto do retorno às atividades de ensino presenciais, depois de dois anos de ensino remoto na pandemia. Como documentado no “Relatório Final do Projeto de Ensino Clube de Leitura – Ano 1”, os empréstimos dos livros aconteceram primeiramente nos corredores do prédio principal do campus, isso fez com que pessoas (estudantes e servidores(as)) de diferentes cursos do ensino técnico e do ensino superior, áreas, perfis, ideais e ideologias se encontrassem e compartilhassem, formando uma comunidade de leitura extraclasse, ou seja, se estivéssemos somente nas salas de aula e de setores, cumprindo a carga horária obrigatória, não teríamos tido essa vivência de coletividade. O Clube procedeu, ainda, com reuniões semanais por videoconferência que somadas a um perfil privado criado na rede social IG (@ClubOn_), possibilitaram uma comunicação contínua entre participantes e simpatizantes. Para mim, o Clube propiciou um espaço de troca de ideias que jamais havia encontrado nas escolas, especialmente, por conta das HQs que abordam gênero, sexualidade, feminismo, questões históricas, sociais, políticas e as lutas contra as desigualdades. O relatório final do projeto mostra que das 123 pessoas da comunidade interna formalmente inscritas no projeto em dois mil e vinte e dois, 97 (79%) tinham nomes femininos e 26 (21%), masculinos. Não são números que permitam afirmar quais as suas identidades de gênero, mas confirmam o que se viu no dia a dia do projeto: engajamento significativamente maior de mulheres (estudantes e servidoras). A conclusão é que Clubes de Leitura podem ter impactos positivos em instituições escolares técnicas como IFSP, pois atendem à demanda por acesso à arte e aos diálogos sobre diversidade.
PALAVRAS-CHAVE: .Clube de Leitura. Gênero. Sociais.