SA24166 - CONTRA PROTÓTIPO DE CINEMATÓGRAFO E O DEBATE TÉCNICO-ESTÉTICO NA PERCEPÇÃO DA ARTE CINEMATOGRÁFICA COMO OBJETO HISTÓRICO
Ciências Sociais Aplicadas
Autores
Maria Luiza Simões Lucio; Victor Domingues Paccini
Orientadores
Antonio Luiz Marques Junior; Rafael Ferreira De Souza Mendes Pereira
Instituição
Instituto Federal de São Paulo - Campus Suzano
- Autores
- Orientadores
- Instituição
- Maria Luiza Simões Lucio; Victor Domingues Paccini
- Antonio Luiz Marques Junior; Rafael Ferreira De Souza Mendes Pereira
- Instituto Federal de São Paulo - Campus Suzano
Resumo
Este estudo investiga a interface entre a Automação Industrial e a história da arte na medida em que averigua alguns aspectos da criação, desenvolvimento e impactos da arte cinematográfica nas formas de expressão cultural. Faz-se isso clarificando a relação indivíduo-sociedade na esfera da invenção-inventor, ou por outra, elucidando as verdadeiras figuras criadoras, historicamente esquecidas, e dando nome aos mecanismos e processos concebidos para materializar o cinema. Ilustrar-se-ão as repercussões das inovações tecnológicas na produção e apreciação da sétima arte ao passo que a pesquisa se debruçará sobre o modo com que o aperfeiçoamento desses dispositivos influenciou a arte do “fazer cinema”. Por meio da projeção de um mecanismo de cinematógrafo reformulado, a Cruz de Malta, objetivamos dissertar acerca do papel do cinema como objeto histórico, estético e técnico. Tal protótipo demonstrará a forma com que a tecnologia – em seu aspecto físico – é o que possibilita a perpetuação da arte – conceito abstrato – na sociedade, de como apenas uma análise primordialmente material permite a compreensão integral de todos os processos que levaram a reprodução imagética à fotografia, a fotografia ao Cinema de Celulóide e deste, à projeção pública em salas coletiva. Ao projetar o mecanismo de cinematógrafo Lumière a partir do Software SolidWorks 2013 e posteriormente imprimi-lo em ABS e PLA, o estudo oferece um exemplo prático de como o homem só pode produzir a essência impalpável, a arte, uma vez que domina as técnicas para se relacionar com o meio e nele empregar trabalho. O processo metodológico deste trabalho inclui a revisão integrativa e a impressão, montagem e comparação analítica das peças produzidas. Toma-se, nesse ponto, como conclusão que “a existência precede a essência”, e que portanto, as ferramentas e métodos antecedem a definição da essência artística. A arte se adapta e redefine seu propósito continuamente. Ademais, esperamos tocar, com esse exercício, no ponto da rearticulação da relação entre sujeito e objeto, destacando o papel do controle técnico e produtivo na emancipação do trabalhador, conforme a crítica de Marx à alienação no trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Cinema. Cinematógrafo. Reprodutibilidade Técnica.