A indústria têxtil gera uma grande quantidade de efluentes e um dos corantes mais utilizados para realizar o tingimento dos tecidos é o azul de metileno. A casca de ovo, rica em cálcio, também é um resíduo descartado em nosso cotidiano sem reaproveitamento. Visando atender as duas demandas e por se tratar de materiais de baixo custo, o estudo tem como objetivo utilizar a casca de ovo calcinada para promover a fotocatálise do corante azul de metileno em meio aquoso, com diferentes concentrações (2.10^-4 g.L^-1, 1.10^-4 g.L^-1, 5.10^-5 g.L^-1, 1,25.10^-5 g.L^-1). Para o desenvolvimento do estudo, as cascas foram devidamente higienizadas e na sequência, calcinadas a uma temperatura de 850º C por um período de duas horas. A temperatura de calcinação foi definida por meio do levantamento bibliográfico, confirmada pela análise termogravimétrica e caracterizada por FT-IR (Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier). Para realizar o estudo da fotocatálise, foram separadas quatro amostras de cada concentração azul de metileno em garrafas PET transparentes, sendo que, duas das amostras de cada concentração foram adicionados 2 g de CaO para 250 mL da solução. As soluções sem CaO (referência) e soluções contendo o óxido foram armazenadas em caixas de papelão, de modo que, não tivessem qualquer exposição à luz, e soluções, com as mesmas concentrações de corante e óxido, ficaram dezoito dias exposta à luz solar. A alteração foi possível de ser observada visualmente, no qual as soluções com concentração de 5.10^-5 g.L^-1 e 1,25.10^-5 g.L^-1_, contendo CaO exposta ao sol, ficaram translúcidas. Medidas por espectroscopia no UV visível confirmaram os resultados, nos quais, apresentaram transmitância entre 93-99%.

PALAVRAS-CHAVE: Casca de ovo, azul de metileno, efluentes, fotocatálise