Com o crescente consumo de aparelhos eletrônicos nas últimas décadas, faz-se frequente o uso de pilhas como fonte de energia sendo que, após o uso, a maior parte delas sofre um destino inadequado podendo ocasionar a contaminação de solos. Paralelamente, nos tempos atuais são recorrentes os problemas associados à corrosão de metais, que podem comprometer processos e trazer prejuízos tanto às indústrias quanto à sociedade no geral. O presente trabalho tem por objetivo a produção de uma tinta anticorrosiva à base de zinco extraído de pilhas-secas usadas. Para a extração do zinco das pilhas, foi realizada uma fusão da pasta eletrolítica com hidróxido de sódio 6 mol/L em estufa a 150 °C por 5 horas, seguida pela solubilização do produto fundido em água destilada, mantendo o pH em torno de 14, e sua posterior filtração a vácuo. Ao filtrado adicionou-se ácido clorídrico 1 mol/L que atuou diminuindo o pH do meio, e a mistura foi submetida a aquecimento em Banho Maria a 100 °C até que se observasse uma separação nítida entre o precipitado e a solução. A mistura foi filtrada e o precipitado foi levado à estufa a 50 °C até sua secagem, sendo recolhido como óxido de zinco. A fusão da pasta eletrolítica em estufa faz com que se origine um sal de zinco solúvel no meio, enquanto parte dos compostos indesejados podem ser recolhidos na primeira etapa de filtração a vácuo. A adição do HCl à solução promoveu a diminuição do pH do meio, precipitando o zinco, que estava na forma de tetrahidróxido solúvel no meio, em Zn(OH)₂, o qual teve sua separação na solução favorecida pelo aquecimento. Após a filtração e secagem, o Zn(OH)₂ é desidratado e convertido em óxido de zinco (ZnO). A partir do recolhimento do óxido, as etapas finais envolvem sua aplicação na formulação de uma tinta à base de resina alquídica, com potenciais propriedades anticorrosivas.

PALAVRAS-CHAVE: Pilhas. Anticorrosivo. Óxido de Zinco. Tinta.