CE25077 – MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A ECOANSIEDADE NA JUVENTUDE: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DIGITAL

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RESUMO

Na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada ano passado, em Baku, no Azerbaijão, um dos temas debatidos foi o impacto da degradação ambiental sobre a saúde mental dos indivíduos,visto que algumas pessoas têm relatado frustração, preocupação com o futuro e impotência na busca por soluções para a situação do planeta. Nesse sentido, é necessário compreender as dimensões desse fenômeno, descrito como ecoansiedade, em 2017, pela Associação de Psicologia Americana, que está afetando o bem estar e qualidade de vida dos indivíduos, especialmente dos jovens, que são o grupo mais atingido. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo investigar a relação entre as mudanças climáticas, ecoansiedade e informação, buscando explorar como a educação ambiental e digital atuam como mecanismos de enfrentamento, com ênfase no ambiente escolar, sobretudo considerando que segundo o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial,a desinformação está entre as maiores ameaças globais para 2025.Dentre os procedimentos e materiais utilizados destacam-se revisões da literatura sobre a ecoansiedade e distribuição e acesso das informações acerca da crise climática pelos jovens. Em seguida, foram pesquisados informações sobre eventos climáticos recentes na cidade de São Paulo, visando utilizá-los em oficinas educativas internas,que foram realizadas com estudantes de 15 a 18 anos, ambas abordando os impactos das mudanças climáticas na Zona Leste da capital paulista, que tinham como objetivo coleta de dados, realização de discussões e promoção de educação digital e ambiental. Os resultados obtidos demonstram que a juventude está sentindo ecoansiedade, que nesse sentido age como um indicador para o nível de compreensão e seriedade atribuídos pelas pessoas à crise ecológica, buscam informações majoritariamente pela internet e acham importante abordar essa temática nas escolas. Conclui-se que é fundamental que as mudanças climáticas sejam abordadas com um viés crítico, aproximando os estudantes desse fenômeno e mostrando os impactos causados não só em escala global, mas também na região onde moram e incentivar discussões sobre soluções para esses cenários, visto que ao falar de crise climática, o enfoque comunicativo é voltado para causar impacto e alarme, o que contribui para a ecoansiedade.

PALAVRAS-CHAVE

saúde mental; crise climática; educação ambiental; desinformação; ansiedade climática; mídias digitais;