CE25062 – FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO DE CERA AUTOMOTIVA SUSTENTÁVEL
RESUMO
O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de uma cera automotiva sustentável, voltada para a proteção e o brilho da pintura veicular, unindo desempenho técnico e menor impacto ambiental. A proposta surgiu da necessidade de alternativas mais ecológicas aos produtos convencionais, que frequentemente utilizam derivados de petróleo e aditivos sintéticos potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A formulação foi baseada em matérias-primas naturais e renováveis, priorizando insumos de baixo impacto e elevada eficiência. Os principais componentes incluem a cera de carnaúba tipo 1, responsável pelo brilho intenso e pela formação de uma película protetora durável; óleo de linhaça polimerizado, que contribui para a proteção contra raios UV e ação hidrofóbica; óleo de coco fracionado, que melhora a espalhabilidade e confere acabamento uniforme; e D-limoneno, solvente natural extraído da casca da laranja, utilizado para facilitar a homogeneização. Opcionalmente, adicionou-se cera de candelila para aumentar a dureza final do filme protetor. Goma xantana ou lecitina de soja atuaram como emulsionantes, garantindo estabilidade da mistura, enquanto a água desmineralizada serviu de base aquosa. Um conservante natural, como o sorbato de potássio, foi incorporado para prolongar a vida útil do produto, e fragrância natural opcional foi usada para melhorar a experiência sensorial. O método de produção foi adaptado às condições de um laboratório escolar, utilizando equipamentos acessíveis como balanças de precisão, béqueres, bastões de vidro e agitadores simples. A formulação em escala micro (100 ml) permitiu a análise de viabilidade, custos e rendimento, visando posterior ampliação. Os resultados esperados incluem proteção eficaz contra agentes ambientais, manutenção do brilho da pintura por períodos prolongados e facilidade de aplicação e remoção, aliando desempenho à sustentabilidade. O uso de solventes e ceras vegetais reduz significativamente a emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) e a dependência de recursos fósseis. Conclui-se que a cera automotiva proposta é uma alternativa promissora frente aos produtos convencionais, oferecendo desempenho comparável, menor risco ao meio ambiente e potencial apelo comercial junto a consumidores conscientes. Futuras etapas incluem testes comparativos com ceras sintéticas e ajustes na formulação para otimização da durabilidade e custo-benefício.
PALAVRAS-CHAVE
cera automotiva; sustentabilidade; carnaúba